Monday, November 27, 2006

Todos silenciosamente se sentem frustados,
Lutam contra o tempo que não têm,
Não se interessam de onde provém
Traçam limites, já de si limitados.

[Ninguém quer saber de se encontrar
Ninguém se esforça para se procurar...]

O que os espera, para lá desta vida?
E os impede de livremente viver?
entregam ao diabo a alma já sofrida
Em busca de um minuto de poder.

[Vivem o imediato, e o que aos outros podem mostrar.
Não se consciencializam, nem querem tampouco pensar.]

Esquecem-se que vida há só esta que têm.
Não há retorno para viver novamente.
No entanto, têm olhos que não vêm
Usufruem de um coração que não sente.

Não passamos de rebanhos de uns pastores quaisquer
Impusémos a nós próprios a subjugação
Entregamos a outros a própria razão
E andamos para aqui a acreditar viver.

Para quando o uso da consciencia?
Para quando?

Friday, November 03, 2006

É tudo uma questão de ironia, nesta vida vazia
Quantas vezes me suicidei, tantas que nem sei
E esta revolta que me acomete a pensamentos e me promete
Mudar os tempos

Onde estão as vozes da verdade?
O que é a verdade?
Para quê tentar descobri-la, decifrá-la
ou emiti-la, enganá-la?

Quem usufrui dessa verdade incontestável?
O pobre, o rico, o amado,
o odiável?
O perdido ou o achado?

Começo a ficar cansada deste nada
desta luta que não existe, de ti de mim.
Começo a ver que a vida, é tão perdida...
Será que tem que ser assim?...

E as perguntas deambulam na minha cabeça...
Irrita-me pensar que é só na minha, e tu, caralho?
E tu?

Será isto a nossa vida?
Trabalhar, um carro e uma casa para morar?
ahhh, e também filhos para criar...
E tempo para lhes dedicar?
Onde está esse tempo?

(...)